Veneno rubro e amargo
Taninos líquidos, densos
vívidos, intensos
buscam a agitação ao repouso
a vida à morte
o caminho ao destino
vagando na boca, a língua
onde adormece o prazer.
Seria Dionísio realmente impuro?
ou sua pureza traduz-se em pecados ingênuos?
Seria o doce puro e o amargo vil? Ou o contrário?
O doce de tão vil se faz puro, engana o guloso e o leva.
O amargo então seria antídoto numa xícara de espresso
negro como a noite, quente como o inferno.
“O doce de tão vil se faz puro, engana o guloso e o leva”
que profundo!